domingo, 26 de setembro de 2010

Ulisses

Ulisses

Ulisses era filho de Laertes, rei de Ítaca, e de Anticleia, filha do herói Díocles.
Fingiu-se louco para evitar que o mandassem tomar parte na Guerra de Tróia. Mas Palamedes, príncipe da Eubéia, desconfiou do fingimento de Ulisses e colocou à frente da relha do arado, puxado por bois, que Ulisses guiava na lavoura, o próprio filho de Ulisses, Telémaco, ainda criança. Para não ferir o menino, Ulisses levantou o arado a toda a pressa, dando assim a conhecer que não estava louco. Foi, por isso, recrutado para tomar parte no cerco de Tróia. Fez parte do grupo de gregos que entraram em Tróia no gigantesco cavalo de madeira, o que permitiu também a entrada dos soldados gregos através da abertura feita na muralha para dar passagem ao dito cavalo, que não cabia em nenhuma das portas da cidade.
Ulisses foi encarregado de ir a casa de Licomedes, rei de Ciros, buscar Aquiles, que aí se refugiara para não ser mandado para a Guerra de Tróia. Encontrou Aquiles disfarçado de mulher, a fazer às damas do palácio a apresentação de jóias de grande valor, misturadas com armas, de que Ulisses, aliás, se apoderou imediatamente.
Voltando a Ítaca, passou muitos perigos na sua viagem marítima, em luta permanente contra a sua má sorte. Naufragou na Ilha de Circe, onde a feiticeira do mesmo nome, que conviveu com Ulisses, teve dele um filho a que deram o nome de Telégono.
Acabou por sair desta ilha para ter um novo naufrágio junto da Ilha dos Ciclopes, onde foi aprisionado com os seus companheiros. Com a habilidade de que dispunha, todavia, escapou dos encantos das sereias e partiu de novo. Nesta altura Éolo, deus dos ventos, tratou muito bem Ulisses e ofereceu-lhe vários odres onde os ventos estavam encerrados. Os seus companheiros, roídos de curiosidade a respeito do conteúdo dos odres, abriram-nos, e os ventos saíram com tal impetuosidade, que provocaram uma violenta tempestade. Ulisses perdeu todas as naus da sua frota, conseguindo, todavia, salvar-se numa prancha e chegar, de novo, a Ítaca. O seu estado era tão miserável que ninguém o reconheceu.
Disfarçado, conseguiu aproximar-se incógnito de Penélope, sua mulher, que, assediada de numerosos pretendentes, havia prometido casamento àquele que conseguisse endireitar-lhe o arco. Ninguém o conseguiu, até que se apresentou Ulisses, que levou a bom termo aquela tarefa. Ulisses deu-se então a conhecer e entrou de novo no seio da família.
Em determinada altura, tendo sabido por um oráculo que um filho lhe tiraria a vida, entregou os seus estados ao seu filho Telémaco, para poder ausentar-se e escapar àquela previsão. Mas Telégono, o outro filho de Ulisses, sentindo-se deserdado, matou o pai, cumprindo-se assim o que fora anunciado pelo oráculo.
Em prova da sua grande valentia e destreza e em virtude dos valiosos serviços prestados à pátria, Ulisses foi declarado semi-deus.

Teseu

Teseu
Teseu foi um renomado guerreiro e herói ateniense, mais conhecido por matar o Minotauro, um ser feroz metade homem e metade touro, que viveu abaixo do palácio do Rei Minos em Knossos. Teseu se escondeu em um grupo de jovens atenienses que seriam sacrificados pela besta. Mas ele conseguiu matá-la corajosamente ao encontrar a saída do labirinto seguindo a linha dada a ele pela filha de Minos, Ariadne. Infelizmente, ele esqueceu de colocar uma vela branca na sua volta de barco à Atenas, como tinha prometido ao seu pai, o Rei Egeu. Vendo uma vela preta e assumindo então que Teseu estava morto, Egeu se lançou do penhasco, dando o seu nome ao mar Egeu.


Perseus

Perseus
Perseu significa ‘destruidor’ e foi um herói mítico e filho de Zeus que viveu para fazer valer o seu nome. O Rei Polydectes, o indesejado raptor de sua mãe, o enviou numa missão, aparentemente mortal, para caçar a cabeça de Medusa, a mais temível das três irmãs Gorgon, que podia transformar os homens em pedra com o seu olhar. Mas usando um chapéu de invisibilidade e sapatos voadores alados, Perseu chegou perto de Medusa usando somente o reflexo dela na sua proteção. Depois, cortou a cabeça dela e a colocou numa sacola. Ele voltou para casa para resgatar sua mãe, usando a cabeça para transformar Polydectes e todos os seus seguidores em pedra.

Jasão

Filho de Éson, rei de Iolcos. Éson havia sido destronado por seu meio irmão Pélias, e Jasão, o herdeiro por direito ao trono, havia sido enviado para longe ainda criança para sua própria proteção, sendo educado pelo centauro Quíron. Entretanto, já adulto, ele corajosamente retornou à Grécia a fim de recuperar seu reino. Pélias fingiu estar disposto a desistir da coroa, mas disse que o rapaz deveria primeiro empreender a missão de encontrar o Velo Dourado, que era de propriedade de sua família. Pélias não acreditava que Jasão poderia ter sucesso na missão, nem que poderia voltar vivo, mas o rapaz zombou dos perigos. Jasão montou uma tripulação com 50 heróicos companheiros de todas as partes da Grécia (entre eles encontravam-se Héracles, Cástor e Pólux e Orfeu) para navegar com ele no navio Argos, cujo mastro fora feito com um dos carvalhos de Dodona, um lugar vizinho ao templo de Zeus e onde as árvores eram oráculos. Depois de uma viagem de incríveis perigos, os Argonautas alcançaram a Cólquida, o país em que o Velo Dourado estava retido pelo rei Aietes. Este concordou em desistir do Velo de Ouro se Jasão dominasse dois touros que respiravam fogo e tinham pés de bronze, além de semear os dentes do dragão que Cadmo, o fundador de Tebas, havia matado muito tempo antes. Dos dentes brotariam um grupo de homens armados que investiriam contra Jasão. Jasão realizou sua tarefa com êxito, e com a ajuda de Medéia, a filha do rei. Sem que Jasão soubesse, a deusa Hera tinha intervindo a seu favor fazendo Medéia se apaixonar por ele. Medéia jogou um feitiço em Jasão fazendo-o invencível durante o dia de sua prova e o ajudou a roubar o velo na mesma noite, encantando o dragão que nunca dormia e que guardava o velo, fazendo-o adormecer. Em troca de sua ajuda, Jasão prometeu se casar com Medéia tão logo quanto eles estivessem em segurança na Grécia. Levando o velo e acompanhado por Medéia, Jasão e sua tripulação conseguiram escapar de Aietes. Alcançando a Grécia, a tripulação de heróis se dispersaram e Jasão com Medéia entregaram o Velo Dourado a Pélias. Na ausência de Jasão, Pélias tinha obrigado o pai de Jasão a se matar, e sua mãe havia morrido pela tristeza. Para se vingar de suas mortes, Jasão chamou Medéia para ajudá-lo a punir Pélias. Medéia enganou as filhas de Pélias, que acabaram por matar o pai, e então ela e Jasão foram para Corinto, onde tiveram dois filhos. Ao invés de ser agradecido à Medéia por tudo o que ela tinha feito, Jasão traiçoeiramente se casou com a filha do rei de Corinto. Magoada e desesperada, Medéia empregou sua feitiçaria para matar a jovem noiva. Em seguida, temendo que seus jovens filhos talvez pudessem ser abandonados na guarda de estranhos para serem maltratados, ela matou-os também. Quando Jasão, furioso, resolveu matá-la, ela escapou numa carruagem puxada por dragões.
O final de Jasão é incerto. Segundo algumas versões, enlouquecido de dor, suicidou-se; segundo outras, morreu por castigo divino, por ter quebrado o juramento de fidelidade a Medéia. Apolônio de Rodes, em sua crônica sobre os argonautas, e Eurípides, na tragédia Medéia, foram alguns dos grandes escritores gregos que trataram da lenda de Jasão.
Hércules
O forte e corajoso Hércules foi o mais importante dos heróis gregos. Seus pais foram Zeus e Alcmenes, uma princesa do Micenae. Hércules passou sua vida sendo incomodado pela ira da vingativa esposa de Zeus, Hera. Num acesso de fúria provocado por Hera, Hércules matou sua esposa e seus filhos. Desesperado por pagar penitência, ele encarou difíceis tarefas conhecidas como “Os 12 Trabalhos de Hércules”. Esses trabalhos incluíam destruir horríveis bestas ou recuperar difíceis prêmios. Pela sua fortaleza, ele levou aos primeiros cristãos a vê-lo como um concorrente de Cristo. Hércules morreu com muita agonia. Sua outra esposa Dejanira lhe deu uma blusa envenenada acreditando que isto poderia garantir a sua fidelidade. Após morrer, ele levantou-se ao Monte Olimpio e se transformou em deus.

Aquiles


Aquiles
O herói Aquiles protagoniza o poema épico de Homero, A Ilíada, que fala das suas proezas na Guerra de Tróia. Ele foi um grande guerreiro, mas também era um homem com defeitos. A raiva e o orgulho ferido o fizeram rejeitar a liderança de seus homens na batalha; seu amigo Patroclus foi em seu lugar e morreu. Com sofrimento e vingança, Aquiles matou o guerreiro troiano Hector, mesmo sabendo que isto o levaria à morte. Aquiles foi morto quando a flecha envenenada de Paris, guiada por Apolo, alcançou seu vulnerável calcanhar - a única parte do seu corpo que não foi submergida por sua mãe no rio Styx, quando ele era um bebê, para torná-lo imortal. Para os Gregos, Aquiles simboliza o herói, escolhendo a glória no lugar da vida.




quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Ninfas

Ninfas - Filhas de Zeus, representavam as forças elementares da natureza. Moravam nos montes, nos bosques, nas fontes, nos rios, nas grutas, das quais eram potências benéficas. Viviam livres e independentes, plantavam árvores e eram de grande utilidade aos homems. Dividiam-se em Oceânides, Nereidas, Náiades, Oréades, Napéias, Alseidas, Dríades e Hamadríades.

Proteu

Proteu - Pastor das focas de Poseidon. Morava numa ilha próxima ao Egito e tinha o poder de metamorfosear-se em todas as formas que desejasse, não só de animais, mas também de plantas e de elementos, com a água e o fogo. Segundo Eurípedes, Proteu foi rei da ilha de Faros e, casando-se com Psâmate, teve os filhos Idoteu e Teoclímenes.

Nereu

Nereu - Velho deus marinho, filho do Ponto e de Géia. tinha o dom da profecia e a faculdade de tomar várias formas. Era representado com os cabelos, sobrancelhas, queixo e peito cobertos por juncos marinhos e por folhas de plantas similares.

Oceanos

Oceano - O mais velho dos Titãs, marido de Tétis, pai de todos os rios e das Oceânides. Era a personificação da água que envolve o mundo.

Eolo

Eolo - Rei dos ventos, às vezes identificado com o filho de Poseidon e Arne. Morador das ilhas Eólias, acolheu amigavelmente Ulisses e seus companheiros e deu-lhes um odre em que estavam encerrados todos os ventos contrários à navegação Ítaca. Os companheiros de Ulisses, por curiosidade, abriram-no e os ventos desencadearam uma terrível tempestade que causou o naufrágio de quase toda a frota. Divindades das Aguas

Noto

Noto - O vento do Sul.

Euro

Euro - Vento que sopra do Oriente, dependente de Éolo.

Zefiro

Zefiro - Vento que sopra do Poente, anunciador da primavera e venerado como deus benéfico.

Boreas

Boreas - Filho de Astreu e de Éos, deus dos ventos do norte, morava na Trácia. Pertencia à raça dos Titãs e era irmão de Zéfiro, Euro e Noto. Raptou Orítia, com a qual casou e que lhe deu os filhos Cálais e Zetes.

Eos

Eos - Deusa que anunciava o dia. Era representada sobre o carro da luz, guiando os cavalos, com uma tocha na mão. Divindades dos Ventos:

Selene

Selene - Deusa da Lua, irmã de Helios e Éos, da família dos Titãs. Era uma linda deusa, de braços brancos, com longas asas, que percorria o céu sobre um carro para levar aos homens a sua plácida luz. Amou Endimião e foi, posteriormente, identificada com Ártemis.

Helios

Helios - Filho de Hipérion e de Téia, titã por excelência, irmão de Selene e de Éos, personificação do Sol. Surgia todas as manhãs do Oceano para conduzir o carro do Sol, puxado por cavalos que expeliam fogo pelas narinas. Penetrava com seus raios em todos os juramentos. Mais tarde foi confundido com Apolo. O Colosso de Rodes foi uma estátua lhe consagrada.

Dionisio

Dioniso - Filho de Zeus e de Sêmele, deus do vinho e do delírio místico. Em sentido mais geral, representava aquela energia da natureza que, por efeito do calor e da umidade, amadurece os frutos; era, pois, uma divindade benéfica. De todas as divindades, era a que mais aproximava dos homens. Teve um nascimento milagroso, com efeito, morrendo-lhe a mãe antes que tivesse o necessário desenvolvimento, foi recolhido pelo pai que o costurou numa de suas coxas e aí o conservou até que o garoto pudesse enfrentar a vida. Dioniso demonstrou muito cedo sua origem, divina: crescia livre, amante da caça e possuía o estranho poder de amansar as feras mais ferozes. Um dia, criou a videira e quis dar o vinho a todos os homens; para esse fim, empreendeu numa longa viagem, através de todas as terras, seguido por um cortejo de ninfas, sátiros, bacantes e silenos. Por onde passavam, os homens tornavam-se felizes. Na Frígia, concedeu ao rei Midas a faculdade de poder transformar em ouro tudo que tocasse. Na Trácia, o rei Licurgo tentou dispersas a comitiva: Dioniso indignado, cegou-o. Em Delos, concedeu às filhas do rei Ânio o poder de mudar a água em vinho. Casou-se com Ariadne, depois que esta foi abandonada por Teseu; as núpcias foram celebradas com suntuosidade e o casal subiu ao Olimpo sobre um carro puxado por panteras.

Ares

Ares - Deus da guerra, filho de Zeus e de Hera. Deleitava-se com a guerra pelo sei lado mais brutal, qual seja a carnificina e o derramamento de sangue. Inimigo da serena luz solar e da calmaria atmosférica, ávido de desordem e de luta. Ares era detestado pelos outros deuses, o próprio Zeus o odiava. Tinha como companheiros nas lutas Éris, a discórdia; Deimos e Fobos, o espanto e o terror, e Ênio, a deusa da carnificina na guerra. Amou Afrodite, da qual teve Harmonia, Eros, Anteros, Deimos e Fobos

Poseidon

Poseidon - Depois que os Titãs foram derrotados por Zeus, na divisão do mundo coube-lhe a senhoria do mar e de todas as divindades marinhas. Tinha um palácio nas profundezas do mar, onde morava com sua esposa Anfiritre e seu filho Tritão. Sua arma era o tridente, com o qual levantava as ondas fragorosas, que engoliam as naus, e fazia estremecer o solo ou desperdiçar os recifes. Odiava Ulisses, por ele ter cegado o Ciclope Polifemo, seu filho. Foi inimigo de Tróia, depois que seu rei Laomendonte lhe negou a compensação pela construção das muralhas da cidade, ocasião em que mandou um monstro marinho para devorar Hesíon, filha do rei, que Héracles matou. Teve com Zeus, numerosos amores, todavia enquanto os filhos de Zeus eram heróis benfeitores, os de Poseidon eram geralmente gigantes malfazejos e violentos.

Hades

Hades - Senhor do reino subterrâneo. Acreditava-se que, com seu carro, viesse ao mundo para buscar as almas dos mortos. Possuía um capacete que o tornava invisível. Somente Hades tinha o poder de restituir a vida de um homem, porém, utilizou-se desse poder pouquíssimas vezes e, assim mesmo, a pedido da esposa. Era o deus das riquezas porque dominava nas profundezas da terra, de onde mandava prosperidade e fertilidade; era considerado um deus benéfico.

Hefesto

Hefesto - Deus do fogo, filho de Zeus e Hera. Trabalhava admiravelmente os metais e construiu inúmeros palácios de bronze, além da esplêndida armadura de Aquiles e o cetro e a égide de Zeus. Segundo uma tradição, nasceu coxo, pelo que sua mãe lançou-o do alto do monte Olimpo, foi recolhido por Tétis e Eurínome, com as quais permaneceu durante nove anos. Voltando ao Olimpo, ao defender Hera contra Zeus, este atirou-o do céu e, precipitando durante um dia inteiro, caiu na ilha de Lemos. Suas forjas, com vinte foles, foram depois do Olimpo colocadas no Etna, onde tinha os Ciclopes como companheiros de trabalho.

Afrodite

Afrodite - A deusa mais popular do Olimpo grego, símbolo do amor e da beleza. Filha de Zeus e de Díone ou, segundo outra versão, nascida da espuma do mar na ilha de Chipre. Acompanhavam-na as Horas, as Graças e as outras divindades personificadoras do amor. Era esposa de Hefesto, porém amou Ares, Hermes, Dioniso, Poseidon e Anquises. Por seus amores com Ares, foi considerada também como divindade guerreira. A sede mais antiga de seu culto era a ilha de Chipre.

Hermes

Hermes - Filho de Zeus e de Maia, o arauto dos deuses e fiel mensageiro de seu pai, nasceu numa gruta do monte Ciline, na Arcádia. Lodo que nasceu, fugiu do berço e roubou cinqüenta novilhas do rebanho de Apolo, em seguida, com a casca de uma tartaruga, construiu a primeira lira e com o som deste instrumento aplacou Apolo, enfurecido pelo furto; esse deus acabou por deixar-lhe as novilhas e deu-lhe o caduceu, a vara de ouro, símbolo da paz, n troca da lira. Zeus deu-lhe o encargo de levar os mortos a Hades, daí o epíteto de Psicompompo. Inventou, além da lira, as letras e os algarismos, fundou os ritos religiosos e introduziu a cultura da oliveira. Deus dos Sonhos, eram lhe oferecidos sacrifícios de porcos, cordeiros, cabritos... Seus atributos eram a prudência e a esperteza. Livrou Ares das correntes dos Aloídas, levou Príamo à tenda de Aquiles e matou Argos, guarda de Io. Era representado com um jovem ágil e vigoroso, com duas pequenas asas nos pés, um chapéu de abas largas na cabeça e o caduceu nas mãos.

Atena

Atena - Surgiu toda armada do cérebro de Zeus, depois de ter ele engolido seu primeira esposa Métis. Era o símbolo da inteligência, da guerra justa, da casta mocidade e das artes domésticas e uma das divindades mais veneradas. Um esplêndido templo, o Partenon, surgia em sua honra na Acrópole de Atenas, a cidade que lhe era particularmente consagrada. Obra maravilhosa de Ictino e de Calícrates, o Partenon continha uma colossal estátua de ouro dessa deusa, de autoria do famoso escultor Fídias.

Artemis

Artemis - Deusas da caça, filha de Zeus e Leto, irmã gêmea de Apolo. Representava a mais luminosa encarnação da pureza feminina. Eram-lhe oferecidos sacrifícios humanos em tempos antiquíssimos. Deusa da Lua, declinava-se, circundada por suas ninfas, vagar de dia pelos bosques à caça de feras, à noite, porém, com o seu pálido raio, mostrava o caminho aos viajores. Quando a Lua, escondida pelas nuvens, tornava-se ameaçadora e incutia medo nos homens, tomava o nome de Hécate.
Apolo - Filho de Zeus e de Leto, também chamado Febo, irmão gêmeo de Ártemis, nasceu às fraldas do monte Cinto, na ilha de Delos. É o deus radiante, o deus da luz benéfica. A lenda mostra-nos Apolo, ainda garoto, combatendo contra o gigante Títio e matando-o, e contra a serpente Píton, monstro saído da terra, que assolava os campos, matando-a também. Apolo é porém, também concebido como divindade maléfica, executora de vinganças. Em contraposição, como dá a morte, dá também a vida: é médico, deus da saúde, amigo da juventude bela e forte. É o inventor da adivinhação, da música e da poesia, condutor das Musas, afasta as desventuras e protege os rebanhos.

Demeter

Demeter - É a maior das divindades gregas ligadas à terra produtora; seu nome significa Terra-mãe. De Zeus teve Perséfone, que foi raptada por Hades. Enraivecida, fez com que a terra se tornasse árida. Zeus, para aplacá-la, obteve de Hades que Perséfone permanecesse quatro meses nos Infernos, junto com o marido, e oito meses ao lado de sua mãe. O seu mito em relação a Perséfone teve lugar nos mistérios eleusinos.

Hestia

Filha de Saturno e Cibele (na mitologia romana), filha de Cronos e Reia para os gregos, era uma das doze divindades olímpicas.
Cortejada por Poseídon e Apolo, jurou virgindade perante Zeus, e dele recebeu a honra de ser venerada em todos os lares, ser incluída em todos os sacrifícios e permanecer em paz, em seu palácio cercada do respeito de deuses e mortais.
Embora não apareça com frequência nas histórias mitológicas, era admirada por todos os deuses. Era a personificação da moradia estável, onde as pessoas se reuniam para orar e oferecer sacrifícios aos deuses. Era adorada como protetora das cidades, das famílias e das colônias.
Sua chama sagrada brilhava continuamente nos lares e templos. Todas as cidades possuíam o fogo de Héstia, colocado no palácio onde se reuniam as tribos. Esse fogo deveria ser conseguido direto do sol.
Quando os gregos fundavam cidades fora da Grécia, levavam parte do fogo da lareira como símbolo da ligação com a terra materna e com ele, acendiam a lareira onde seria o núcleo político da nova cidade.
Sempre fixa e imutável, Héstia simbolizava a perenidade da civilização.
Em Delfos, era conservada a chama perpétua com a qual se acendia a héstia de outros altares.
Cada peregrino que chegava a uma cidade, primeiro fazia um sacrifício à Héstia.
Seu culto era muito simples: na família, era presidido pelo pai ou pela mãe; nas cidades, pelas maiores autoridades políticas.
Em Roma era cultuada como Vesta e o fogo sagrado era o símbolo da perenidade do Império. Suas sacerdotisas eram chamadas Vestais, faziam voto de castidade e deveriam servir à deusa durante trinta anos. Lá a deusa era cultuada por um sacerdote principal, além das vestais.
Era representada como uma mulher jovem, com uma larga túnica e um véu sobre a cabeça e sobre os ombros. Havia imagens nas suas principais cidades, mas sua figura severa e simples não ofereceu muito material para os artistas.

Hera

Hera - Irmã e esposa de Zeus, a mais excelsa das deusas. A Ilíada a representa como orgulhosa, obstinada, ciumenta e rixosa. Odiava sobretudo Héracles, que procurou diversas vezes matar. Na guerra de Tróia por ódio dos troianos, devido ao julgamento de Páris, ajudou os gregos.

Zeus

Zeus - O deus supremo do mundo, o deus por excelência. Presidia aos fenômenos atmosféricos, recolhia e dispersava as nuvens, comandava as tempestades, criava os relâmpagos e o trovão e lançava a chuva com sua poderosa mão direita, à sua vontade, o raio destruidor; por outro lado mandava chuva benéfica para fecundar a terra e amadurecer os frutos. Chamado de o pai dos deuses, por que, apesar de ser o caçula de sua divina família, tinha autoridade sobre todos os deuses, dos quais era o chefe reconhecido por todos. Tinha o supremo governo do mundo e zelava pela ordem e da harmonia que reinava nas coisas. Depois de ter destronado o sei pai, dividiu com seus irmãos o domínio do mundo. Morava no Olimpo, quando sacudia a égide, o escudo formidável que lançava relâmpagos explodia a procela. Casou-se com Hera, porém teve muitos amores.

Titãs

Os Titãs foram doze dos filhos dos primitivos senhores do universo, Gaia e Urano. Seis eram do sexo masculino - Oceano, Ceo (pai de Leto), Crio, Hipérion, Jápeto (pai de Prometeu) e Cronos - e seis do feminino - Téia, Réia (mãe dos deuses do olímpo), Têmis (a justiça), Mnemósine (a memória), Febe (deusa da Lua cheia) e Tétis (deusa do mar). Tinham por irmãos os três hecatonquiros, monstros de cem mãos e cinquenta cabeças, e os três Ciclopes, que forjavam os relâmpagos.
Urano não gostava dos Ciclopes e dos Hecatonquiros e por isto os prendeu no Tartáro. Gaia então instigou entre seus filhos a revolta. Foi Cronos, o mais jovem, que assumiu a liderança da luta contra Urano e, usando uma foice oferecida por Gaia, castrou seu pai. O sangue de Urano, ao cair na terra, gerou os gigantes; da espuma que se formou no mar, nasceu Afrodite.
Com a destituição de Urano, os titãs libertaram os outros irmãos e aclamaram rei a Cronos, que desposou sua irmã Réia e voltou a prender os hecatonquiros e os ciclopes no Tártaro

Hecantoquiros ou Centimanos

Hecantoquiros (ou Centimanos) - Briareu, Coto e Giges. Gigantes de cem braços e cinqüenta cabeças. Tendo hostilizado o pai, este os mandou pra horríveis cavernas nas vísceras da terra. Participaram da rebellião contra Urano. Quando Cronos tomou o poder, os aprisionou no tártaro. Libertados por Zeus, lutaram contra as titãs. Com a habilidade de arremeçar cem pedras de uma vez venceram os titãs. Briareus era guarda-costas de Zeus.

Ciclopes

Ciclopes - Arges, Brontes e Estéropes. Pertenciam a raça dos gigantes. Forjavam os raios e os trovões para Zeus. Teriam sido mortos por Apolo para vingar a morte de Asclépio. Segundo Homero, porém, teria sido um povo de gigantes rudes, fortes, indiferentes às divindades, dedicados ao pastoreio.

Cronos

Cronos - Filho de Urano e Géia. O mais jovem dos Titãs. Se tornou senhor do céu castrando o pai. Casou com Réia, e teve Héstia, Deméter, Hera, Ades e Poseidon. Como tinha medo de ser destronado, Cronos engolia os filhos ao nascerem. Comeu todos exceto Zeus, que Réia conseguiu salvar enganando Cronos enrolando uma pedra em um pano, a qual ele engoliu sem perceber a troca. Mais tarde Zeus voltou, deu ao pai um remédio que o fez vomitar os filhos, e logo depois o destronou e baniu-o no tártaro. Cronos escapou e fugiu para a Itália onde reinou sobre o nome de Saturno. Este período no qual reinou foi chamado de "A era de ouro terrestre".

Urano



Urano - O primeiro rei do Universo, segundo Hesíodo (céu estrelado). Casou-se com Géia, da qual teve os Titãs, as Titânidas, os Ciclopes e os Hecatonquiros. Urano, por ódio, lançou no Tártaro os Ciclopes e os Hecatonquiros, Géia porém deu uma foice aos Titãs para que se vingassem. Cronos, o mais audacioso deles, castrou Urano e tornou-se o senhor do universo!

Deusa Geia ou Gaia

Geia ou Gaia - Mãe de todos os seres, personificação da terra. Surgiu do Caos e gerou Urano, os Montes, o Mar, os Titãs, os Centímanos (Hecatonquiros), os Gigantes, as Erínies, etc. O mito de Géia provávelmente começou como uma veneração neolítica da terra-mãe antes da invasão Indo-Européia que posteriormente se tornou a civilização Helenística.

Mitologia Grega

Deuses gregos
De acordo com o gregos, os deuses habitavam o topo do Monte Olimpo, principal montanha da Grécia Antiga. Deste local, comandavam o trabalho e as relações sociais e políticas dos seres humanos. Os deuses gregos eram imortais, porém possuíam características de seres humanos.
Ciúmes, inveja, traição e violência também eram características encontradas no Olimpo. Muitas vezes, apaixonavam-se por mortais e acabavam tendo filhos com estes. Desta união entre deuses e mortais surgiam os heróis.